Cara de plástico

uma cidade velha e cinzenta, repleta de encruzilhadas, em ruas frias e inospitas. ao centrouma marioneta com cara de tragédia e comedia, tal é a vida

A indiferença após o excesso... 

a dor…cinzenta nas tuas entranhas... 

arriscas pensar que sentes mais que o outro, 

dás mais que o outro…

sofres mais que o outro…


Ressacado na miséria…mergulhado na melancolia, 

em tênue esperança que algo bom te arranque da morte…

te devolva a um sonho de vida…


Pendurado

Pendente 

A levitar...


Em busca de um caminho que não se revela, não aparece e teima em permanecer oculto.


Não mais perseguirás o que te trouxe até aqui, pois a (tua) máscara despedaçada ficou


Agora vês 

Agora sentes

Arpoado estás


Largado no rasto miserável das tuas promessas…

em abismo de sussurros que me enlameia as lágrimas do rosto alienado por dor


Contemplo sonhos ilusórios de passado que nunca houve,

coração que nunca bateu

paixão que o fogo nunca lambeu

lograda promessa de Prometeu


Tudo passará, insignificante, mortiço, 

contigo dormente pelo infinito compasso dos Medíocres….

Crê no corriqueiro

E ficarás vulgar, prostituído pela banalidade do caminho entre o berço e a cova

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Kafka