Cara de plástico
A indiferença após o excesso...
a dor…cinzenta nas tuas entranhas...
arriscas pensar que sentes mais que o outro,
dás mais que o outro…
sofres mais que o outro…
Ressacado na miséria…mergulhado na melancolia,
em tênue esperança que algo bom te arranque da morte…
te devolva a um sonho de vida…
Pendurado
Pendente
A levitar...
Em busca de um caminho que não se revela, não aparece e teima em permanecer oculto.
Não mais perseguirás o que te trouxe até aqui, pois a (tua) máscara despedaçada ficou
Agora vês
Agora sentes
Arpoado estás
Largado no rasto miserável das tuas promessas…
em abismo de sussurros que me enlameia as lágrimas do rosto alienado por dor
Contemplo sonhos ilusórios de passado que nunca houve,
coração que nunca bateu
paixão que o fogo nunca lambeu
lograda promessa de Prometeu
Tudo passará, insignificante, mortiço,
contigo dormente pelo infinito compasso dos Medíocres….
Crê no corriqueiro
E ficarás vulgar, prostituído pela banalidade do caminho entre o berço e a cova