Noctem Voluptas

Na bandeja, a tua tenra carne

comida em orgia… como refeição final de mim…

O soberano devorador,

o imponente fecundador,

o absoluto canibal.

Estás rosada-desejosa de prazer.

Toco-te…

retorces-te com vontade,

apertas as pernas em contração de loucura,

ignorante sobre há quanto tempo te tenho…

ou de que entrei em ti…

e que hoje te farei o que pensas… cada vez que te tocas…

o teu corpo nu… exposto à pornografia de febre-desejo na madrugada…

preso na tua mente… libidinoso na tua fonte clitoriana.

Tudo te rasgará… tudo te desfará…

Oh, que Ele não chega…

Oh… a impaciência numa anca que se convulsa… compassada pelo bater do formigueiro em órgãos inundados de desejo.

Afogas-te em fluidos de luxúria,

no quente,

na carne,

no deslizar molhado de rápidas e repetidas ações que vêm e vão.

Queres que te faça chegar a

ti mesma…

até te explodir o coração.

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