Perversa Pureza
Há
Amarração celestial
de asas devoradas
e joelhos postrados
onde permaneces vampira no olhar que não demora, mas...
Ignora
Evanesce a devida e ilusória pertença de atenção
desejei comunhão
Porque para mim é ligação, e corpo e
carne...
Onde me perco
e mordo
e acato
e vivo
e mato
e morro...
Apenas a besta-homem, onde caio e anseio por salvação trespassado de esquecimento... por autor cruel que nos une em linha e motivo e desprezo do que somos...
Recebe a minha doce palavra que te obtura
te inunda
te agracia a amarga pétala
no desabrochar de aceitação abafada
por minutos intensos de complicação
Soletro em tua volta
versículos em ponta de danações
que te chamam demónios
que te invadem por chamas
pelas quais te esvais
como nunca o fizeste
nas tuas dedilhadas imaginações
onde leio em poltrona
sílabas alienadas na tua boca
A intensidade da tua-para-mim
degustação
onde me-te-sinto
e te-me-circundas
em lábios que são trelas do pulsar da minha sublimação
que te inunda
te cala
te dá sabor
te pressiona
acama-me com a tranquilidade de cetim
que usas para declamação
até ao fim
até à última lágrima
da final usura
És experimentação de caminhos
que outros julgam vulgares
Iludidos estão sobre a permanência do tempo quando me acarinho em pontas tocadas por ti
Banqueteias-te por te sentires devorada
em febre pulsada por bombear de desejo
Uma última reclamação
por ser aguerrido na tua receção
em que te sufocas
com toda a minha pulsão